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Por que as coisas são como elas são?

Os seguintes textos do evangelho de João (Jo 12:31; 14:30; 16:11) mostram que o final do grande conflito não acontece num passo de mágica da ação de Deus. Existem regras pré-estabelecidas do Reino que impedem uma ação arbitrária do próprio Deus contra o mal.

Do ponto de vista humano, seria muito fácil dar fim ao conflito, pois a justiça corrompida dos homens é capaz de muita coisa no submundo obscuro para justificar finalidades que julgam importantes para o bem de todos.

Contudo, no Reino de Deus não funciona dessa forma. O Senhor Deus leva esse assunto de justiça tão a sério, que, até mesmo o diabo, mesmo não merecendo, foi tratado com uma certa deferência ética por parte de Jesus, quando Este chama aquele de “príncipe deste mundo”. 

Por mais difícil que seja falar do assunto, até a morte de Cristo na Cruz, Satanás de fato era o “príncipe deste mundo” (Lc 4:6).

Dessa forma, para ele fazer as ofertas a Jesus no deserto da tentação é porque ele tinha poder e autoridade sobre a jurisdição do planeta. 

Infelizmente, Adão entregou o domínio da Terra para o diabo quando ele decidiu voluntariamente aceitar a transgressão. O teólogo Eugene Merrill diz que “o Éden era um microcosmo do Céu.” Ou seja: Adão representava o Senhor Deus na Terra. 

Concomitante a isso, o que Adão fez foi tão grave, que não somente afetou o planeta, mas permitiu ao diabo novamente ter acesso à presença de Deus por ocasião do concílio celestial (Jó 2:1). Era o desafeto do Eterno retornando à Sua presença em algum lugar do espaço. E Deus teve que suportar a presença indesejável do diabo numa reunião de extrema solenidade e importância.

Com todo o respeito às pessoas mais inteligentes do mundo, nós não fazemos ideia dos bastidores do grande conflito! A nossa pequenez de entendimento nos limita bastante.

Ademais, vivemos numa época em que pensar se torna ofensivo. Talvez esteja na hora de focarmos na leitura com ênfase na meditação para pelo menos melhor sobrevivermos nesta terra, enquanto o grande conflito segue em curso.

Há uma certa crítica ao período medieval pelo excesso de autoritarismo estatal/religioso, porém, é importante assimilar o que é bom da época. Hugo de São Vitor por exemplo, menciona que “o princípio do conhecimento está na leitura e o seu fim é a meditação”.

Leitura na Idade Média possuía um sentido mais amplo do que o atual. As pessoas não liam somente as letras, elas liam as coisas que observavam. No Medievo, leitura era sinônimo de regras. Eram indispensáveis as regras fonológicas, morfológicas, ortográficas e de sintaxe.

Para os detentores do controle educacional e da geração Tik-tok, essas regras não parecem ser muito adequadas para o pensamento acelerado que se exige hoje.

Assim sendo, parede que cada vez mais as regras perdem a importância e o que é lógico se torna imbecilizado. E, é justamente isso que o inimigo de Deus quer, pois se pararmos para pensar no que a serpente fez no Éden, vamos perceber que o diabo foi de certa forma genial. Ele conseguiu enganar seres perfeitos muito mais pensantes do que nós, com uma única coisa: plantou imagens na mente que anularam a lógica. Ou seja: o sensorial anulou o intelecto.

Da próxima vez em que você ler a sentença bíblica, “o príncipe deste mundo já está julgado”, procure compreender que ele ainda não foi eliminado, pois continua a infernizar a vida das pessoas e provocar caos no mundo. Ele já foi derrotado com a morte de Jesus. E aqueles que escolheram o lado de Jesus estão libertos do controle do inimigo.

Portanto, se queremos conhecer as regras do grande conflito para evitarmos injustiça para com Deus, que tal começarmos pelas regras de nossa leitura? Acho que dessa forma vamos começar a entender o “por que as coisas são como elas são”.

Que Deus te abençoe!

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