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Orgulho da genealogia

Se tem algo que provoca um certo orgulho no ser humano é quando ele é associado com o seu antecessor através do sobrenome que carregar. O contrário também é verdadeiro, pois, quando o genitor não possui uma boa índole, há uma certa vergonha em dizer que pertence a tal família. 

Particularmente, tenho uma gratidão imensa por meu falecido avô, o Sr. João Barcellos (vulgo João Pequeno). Ele foi o pai que conheci desde que minhas retinas começaram a captar o sentido da existência humana. Tenho muito orgulho em carregar o sobrenome do meu avô. Para mim, Barcellos é uma marca que representa o dom da paternidade e da honestidade. 

O meu saudoso vovô, desde muito cedo me tratou com carinho e respeito. Me recordo das vezes em que ele precisou brigar comigo. Foram poucas vezes! As recordações que me veem à memória, são as melhores possíveis. Especialmente quando ele me levava para extrair a lenha a fim de cozinhar o alimento diário; quando ele me levava para caçar. Isso mesmo! Naquele tempo em Itaúnas, era bastante comum caçarmos e pescarmos; um detalhe! Ao invés de arma de fogo, ele preparava armadilha na floresta para capturar o animal. 

Contudo, dois momentos foram bem marcantes e mais agradáveis: o primeiro, tem que ver quando o meu vovô levava o seu rosto até o meu e me fazia cócegas com a sua barba; o segundo, era quando ele discorria as histórias do sertão. Normalmente, no final de tarde ele exercitava a sua memória com suas nostalgias e que prontamente eram captadas por mim. Essas captações já me renderam algumas crônicas. No que se refere à minha avó, antes de dormir, à luz de lamparina ela expandia a minha imaginação com alguma história ou anedota. 

O Sr. João Pequeno era um homem sistemático e correto com as suas coisas. Juntamente com a Dona Valdimira (minha saudosa vovó), ele me ensinou valores que moldaram a minha vida e que me sustentam até aqui. Eram pessoas simples, aposentadas da lavoura, mas que nunca obtiveram vantagens ou furtaram de alguém com intuito de ascensão social. 

Concomitante a isso, quando observo a genealogia de Esaú, conforme descrita no capítulo para a reflexão de hoje, percebo que Deus cumpre a Sua palavra. Deus é Homem de Palavra! 

Se tão somente retornarmos a alguns capítulos no Gênesis, nos recordaremos da promessa feita a Abraão de que ele seria pai de uma grande nação. Abraão não fazia ideia daquilo! E aqui, a personagem principal do capítulo 36 é o seu bisneto Esaú que dá início a um movimento sociopolítico que antecede à formação do Estado de Israel (Gênesis 36:1-9). 

Não quero entrar no mérito da discussão acerca da pecaminosidade praticada pelos edomitas (descendentes diretos de Esaú), pelos povos cananitas e até mesmo pelos israelitas, mas sim na beleza que a fertilidade promove para a perpetuidade das gerações futuras. 

Ah, prezado amigo e distinta amiga! A fecundação é uma bênção. Ainda que o ser humano por causa do pecado a perverta, quando apreciada à luz do dom de Deus e dos valores familiares, não tem preço. Ou seja: O Senhor é capaz de pegar a maldição do homem e transformá-la em bênção. 

O que cada homem precisa fazer é amar a sua família; honrar a Deus e honrar a memória de quem cuidou dele.

Assim sendo, na promessa da eternidade, a primeira pessoa que quero abraçar depois de Jesus é o Sr. João Barcellos. Ele representou o caráter de Deus para mim.

Por ocasião da gravidez de minha mãe, ele não a abandonou, pelo contrário acolheu aquela mãe solteira e cuidou de mim, para que ela pudesse trabalhar.

Se tinha algo que orgulhava o meu avô, é que por ocasião de sua ida mensalmente de Itaúnas até Conceição da Barra para retirar o dinheiro da aposentadoria, ele passava na Casa Lotérica para conversar comigo e fazer questão de dizer o seguinte a cada pessoa que chegava até o caixa: “Este é o meu neto”. 

Portanto, quero dizer para você que não importa o quão ruim tenha sido a forma para o surgimento da sua existência. Apesar dos erros humanos, provocados por seu pai, ou até mesmo por sua mãe, Deus é o Pai de amor e graça que tem o poder de consertar as coisas.

De repente falo, para alguém neste momento vítima de um abuso; vítima de um engano; vítima de um abandono; vítima de pecadores à semelhança dos filhos de Jacó. Contudo, nunca se esqueça que apesar dos erros humanos, o Senhor Deus endireitará a vida de todo pecador ou vítima do pecado que se achegar a Ele. Confie sempre no Senhor! Muito mais do que o orgulho de um pai ou do avô, O Senhor Deus Se orgulha da vitória de cada um de nós. 

A leitura de hoje é o capítulo 36 de Gênesis #rpsp 


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