Assine gratuitamente nossa newsletter

Jó e a inveja do diabo

Se porventura você estiver passando por momentos de angústias, provações e dificuldades, procure se lembrar da história de Jó. 

Apesar dessa história ser única, ela mostra a dura realidade do grande conflito entre o bem e o mal. 

Dessa forma, a principal tese para a existência do grande conflito é um misto de inveja e orgulho brotado no coração de um dos anjos criados por Deus que veio a se tornar Satanás.

A Bíblia ao fazer a representação do rei de Tiro como a personificação de Satanás, insere o diabo num contexto anterior ao pecado, quando no Reino perfeito do Céu ele desfrutava da companhia de Deus e dos anjos. O problema foi a “iniquidade” que surgiu em seu interior (Ezequiel 28:13-17). 

Assim, Satanás tem ódio em presenciar os filhos de Deus e toda a criação prestar adoração e louvor ao Senhor. 

  • A atitude do fiel em adorar a Deus, irrita o diabo.
  • A atitude do fiel em dedicar a família para Deus e manter lealdade conjugal, provoca inveja no diabo.
  • Quer ser inimigo do diabo? Então ore, leia a Bíblia e faça a vontade de Deus.

Infelizmente, o anjo de alta patente criado por Deus, se deixou levar por sentimentos medonhos brotados em seus pensamentos 

Ao que tudo indica, o pecado acariciado fez com que Satanás se tornasse um ser amoral, maquiavélico e que estava disposto a quebrar a ética do Céu para obter vantagem sobre os anjos e reunir um exército contra o Criador. 

Assim sendo, o inimigo não estava nem um pouco interessado em cumprir normas atreladas aos princípios do Reino. Ele não estava a fim de justiça, mas de corrompe-la. Em hipótese alguma o infame ser era recíproco e muito menos responsável. Ele não tinha compromisso com as regras do Reino, pois queria criar as próprias. 

A escritora Ellen White menciona que o anjo rebelde fez a cabeça dos anjos ao dizer “que os anjos não precisavam de lei, mas deviam ser livres para seguir sua própria vontade, a qual os guiaria sempre retamente; que a lei era uma restrição a sua liberdade; e que a abolição da lei era um dos grandes objetivos da posição que assumira” (História da Redenção, 19).

Cuidado com as rebeliões ou supostas revoluções!

Normalmente, o líder revolucionário vende um ideal de mundo capaz de hipnotizar as pessoas. O revolucionário é uma espécie de Dom Quixote convencendo o tolo do Sancho Pança a segui-lo em seu breu esquizofrênico.

Pense por exemplo na Revolução Bolivariana quando o jovem Simón Bolívar por volta de 1804, após ser influenciado por ideias iluministas, parte da França com destino à Venezuela no intuito de libertar a América Latina das mãos dos espanhóis.

A princípio, o ideal foi interessante. Contudo, as duas décadas de duras batalhas ao custo de muito sangue dos patriotas, rebeliões e traições transformaram a natureza libertária daquele jovem sonhador. De idealista, Bolívar se tornou brutal, destrutivo e ditatorial. Ele conseguiu expulsar os espanhóis, mas se tornou um ditador.

Nesse sentido, o ideal de Satanás em se libertar da liberdade que havia no Céu, fez dele o ditador-mor e mentor de todas as rebeliões e revoluções ao longo da existência humana. Desde a briga em família, passando pela igreja, percorrendo a escola, a empresa e perpassando para governos e nações, tem o dedo dele.

Em oposição à artimanha do inimigo, quando Deus autoriza o diabo tentar a Jó, essa atitude do Eterno mostra a confiança que Ele tinha naquele servo. Jó é o arquétipo de todo fiel ao longo das eras que mantém comunhão e fidelidade primárias com o Senhor antes de qualquer coisa.

Como resultado disso, Jó é o tipo de crente que devemos ansiar estar próximo para sugarmos do seu conhecimento, da sua fé, da sua resiliência, do seu temor, do seu respeito, da sua obediência, do seu caráter e da sua paciência sobre as adversidades.

Visto o anterior, Jó não se envolve em confusões, mas cumpre a sua parte como um ser social e como adorador. Apesar de os seus contemporâneos viverem uma vida de pecado e rebeldia, Jó não quis fazer parte desse clube, mas da congregação dos santos. Ele levava tão a sério a sua vida devocional que além de interceder pela família, ele imolava sacrifícios ao Senhor em prol de cada membro de seu lar.

Por conseguinte, acerca do sacrifício, Deus não quer que você imole cordeirinhos, pois o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo já foi morto por causa dos nossos delitos (Jo 1:29; 3:16). Contudo, Ele gostaria que você compreendesse o valor desse sacrifício e se envolvesse com as coisas do Reino.

Quando você é fiel, você valoriza o sacrifício de Jesus.

Em resumo, não tenha receio de se entregar a Deus e também de dedicar a sua família e os recursos que você possui em prol do Reino.

Além disso, o grande conflito ainda está em curso e o mesmo Satanás que mexeu com Jó, mexe com cada um de nós diariamente. No entanto, só nos resta saber se cederemos ás suas lorotas, ou permaneceremos firmes à semelhança de Jó, mesmo sob enormes prejuízos.

Em síntese, não preciso relatar aqui as perdas que Jó teve. A começar pela morte dos seus filhos. Jó foi à falência e ficou numa miséria fétida e doente. Porém, de uma coisa ele nunca se esqueceu: a de que o seu “Redentor vive e por fim Se levantará sobre a terra. A convicção de Jó era tão grande que mesmo na miséria, ele disse que veria a Deus com os seus próprios olhos. (Jó 19:25-27).

Você gostaria de atravessar o conflito dos séculos com essa mesma disposição? Então fuja do seu orgulho, da sua inveja e da sua desconfiança no poder de Deus. Também evite quaisquer revoluções e rebeliões, mas faça como Jó: Confie sem reservas e entregue tudo de sua vida nas mãos dAquele que tudo pode. Inclusive te restituir de tudo aquilo que você perdeu. Seja fiel!

Compartilhe este artigo

Inscreva-se

Ao pressionar o botão de inscrição, você confirma que leu e concorda com nossas Políticas de Privacidade.
Your Ad Here
Ad Size: 336x280 px

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress