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Chamado para libertar

Por Célio Barcellos

Êxodo 5 Êxodo 6 Êxodo 7 #rpsp

Era o ano de 1891 quando Ellen White (pioneira da igreja adventista) faz um série de advertências aos administradores da igreja para que dessem atenção à causa dos afroamericanos.

Para ela, a “cor da pele não determina o caráter nas cortes celestiais”. Claro, que, do ponto de vista anacrônico, parece ser algo fácil de ser resolvido, uma vez que vivemos num contexto diferente. Contudo, não era algo tão simples de se resolver, especialmente, durante a Guerra de Secessão. 

Imagine por exemplo, hoje, ter que defender alguém que tenha sofrido censura prévia, ou que talvez se sinta injustiçado por algo!?

Será que é fácil perante a justiça e opinião pública por exemplo, defender o direito à vida, à família e até mesmo Deus?

Se essas conquistas da civilização ocidental já têm grande resistência de defesa na atualidade, imagina defender o fim da escravidão em séculos passados!? Não era tarefa das mais fáceis.

O fato, é que o grito de White não ficou apenas no eco. Cerca de três anos depois dela ter escrito um folheto acerca do assunto, o seu filho mais velho, James Edson White, após alguns momentos de indecisões na vida, foi tomado por um sentimento altruísta e decide construir um barco (Estrela da Manhã) para singrar as águas do Mississipi a fim de libertar os afroamericanos no Sul, da ignorância em que foram obrigados a permanecer.

Dessa forma, homens e mulheres entenderam que o evangelho poderia vencer o preconceito e aceitaram o chamado para alfabetizar e dar novo rumo na vidas de muitas afroamericanos. 

Algo de grande destaque criado pelos adventistas nessa ocasião, tem que ver com a fundação do Oakwood College, atualmente Universidade de Oakwood, localizada no estado do Alabama e que contribui com a formação dos negros americanos (Schwarz e Floyd Greenleaf. Portadores de Luz: uma história da Igreja Adventista do Sétimo Dia. UNASPRESS. 1ed., 2009, p. 227-236) 

Pois bem, após 40 anos de sua fuga do Egito, Moisés retorna em nome de Deus para enfrentar a tirania do Faraó a fim de libertar o povo hebreu da escravidão. 

A missão de libertar os cativos foi dada pelo Senhor Jeová e tinha o propósito de fazer daquele povo, seres humanos livres, e uma nação modelo para os povos.  

A despeito de seus medos e fracassos, Moisés entende que é preciso confiar no Ser que lhe aparecera na sarça e segue na difícil empreitada de encarar o Faraó.

Moisés não vai como um espião, à semelhança de um James Bond ou Ethan Hunt no intuito de solucionar a paz mundial e proteger o Ocidente de terroristas. 

Pelo contrário, ele segue com a autoridade de profeta para resgatar um povo que o Senhor Deus escolheu para proclamar o Seu nome sobre a terra.

Por conseguinte, neste mundo contemporâneo em que vivemos, o chamado de Deus para o ser humano talvez seja usar a influência que ele tem na sociedade para amenizar o sofrimento das pessoas. 

Nas entrelinhas da história, é preciso olhar até mesmo para o sufrágio em que os cidadão escolhem os seus representantes.

O direito de escolha precisa ser encarado como a uma oportunidade de eleger pessoas que possuam o interesse no bem comum e não na escravização do outro. 

O partido de Moisés era o Reino de Deus e ele estava totalmente comprometido com a nobre causa de libertar as pessoas. 

No que se refere à escravidão na atualidade, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) cerca de 50 milhões de pessoas vivem sob regime de escravidão. 

O que estamos fazendo pelas pessoas?

Outra coisa, é que escravidão não tem que ver somente com afrodescendentes. Pelo contrário, se for feita uma estratificação por questão etnográfica, provavelmente ficaremos boquiabertos com tamanha crueldade de um ser humano sobre o outro.

Portanto, o cristão precisa assimilar o seu chamado para a pregação, inclusive estar ciente de que ele pode ser usado de maneira sobrenatural a fim de que os propósitos do Céu sejam alcançados.

Assim como Moisés foi usado poderosamente, o cristão também o pode. Basta se colocar à disposição como Moisés se colocou.

No entanto, também é preciso estar atento às demandas sociais para que sob a influência do Espírito Santo, o cristão consiga utilizar da sua influência para cumprir os propósitos de Deus na vida das pessoas.

Lembre-se: Desde o contexto do Egito em que houve a necessidade de libertar os cativos, a ação de Deus não se limita somente no que é sobrenatural. Pelo contrário, Ele sempre enviará representantes em Seu nome para solucionar o problema.

Comece a dar mais atenção a esse detalhe! Quem sabe você esteja diante de um problema que exige ação direta da sua parte para solucionar?

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