Por Célio Barcellos
Neste final de tarde, quando disto o olhar para o horizonte e noto que o sábado se despede, decido registrar esta foto, pois, a leitura que digere em minha mente, me faz perceber que a paisagem da minha janela se resume na maravilhosa graça de Deus.
Olhe para esta pintura em que o Artista-Mor do Universo presenteia a todos nós! Pode ser, que, num piscar de olhos, o meu vizinho, ou uma outra pessoa em algum lugar do Brasil tenha uma matiz diferente, pois a aquarela diversificada do Eterno faz alterar constantemente o visual.
Isso é graça, amigo! Isso é um presente diário que o Senhor nos dá.
Procure pensar na escuridão da noite que se aproxima, quando de repente, as luzes se acedem, os telhados desaparecem, os grilos começam a cantar e a proteção divina permanece sobre uma humanidade que se recusa a reconhecer Suas dádivas.
Por conseguinte, após o bálsamo para as minhas retinas, retorno para conclusão do assunto da leitura deste livro sensacional, sob o título “Aconselhamento a Partir da Cruz”, de Elyse M. Fitzpartrick e Dennis E. Johnson.

Quando me dou conta acerca do tempo, olho para o relógio e descubro que eu havia passado três horas de ótima leitura. Uma leitura que se fixou e minha mente e que me conduziu para a cruz de Cristo.
No que se refere à cruz de Cristo, ela emite para o ser humano duas poderosas mensagens que o confronta a centralizar o evangelho como a única esperança para as suas necessidades mais profundas.
Dessa forma, tentar imitar a Deus sem conhecer o que realmente Ele pensa a nosso respeito, é uma atitude tola e desprovida do efeito prático que a poderosa graça proporciona ao pecador (Efésios 5:1).
Os autores Fitzpartrick e Johnson, apresentam no livro, as duas mensagens da cruz, como sendo:
- Somos amados por Deus não porque somos dignos
- Somos amados porque Deus é intrinsecamente amor
Ou seja, o amor de Deus não está condicionado ao que você e eu fazemos por Ele, do contrário não seria amor.

Deus na verdade nos ama, a despeito do que nós somos.
A importância do evangelho em nossa vida é que necessitamos de Jesus Cristo para amar.
Nesse caso, procurar compreender a verdadeira trilha do evangelho e inculcar que ele precisar ser uma novidade que se renova diariamente, é a melhor maneira de compreender o propósito da graça para a nossa vida e a necessidade que temos em apreender amar.
O evangelho precisa ser assimilado como a verdadeira panaceia para os problemas humanos.

Desde os conflitos no lar que se arrastam tanto para a sociedade, bem como para a igreja, ou até mesmo os problemas existenciais que geram depressões, rebeldias, prostituições, uso de drogas e tantas outras calamidades humanas, precisam ser abordados com o diferencial do evangelho, pois “o evangelho é poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê…” (Romanos 1:16)
Portanto, da próxima vez em que você observar uma paisagem, procure perceber a perenidade da graça em sua vida. Até porque, a graça é uma pessoa e essa pessoa é Jesus Cristo.
Assim, quando você olhar para a cruz e compreender a essência do evangelho, vai entender que nada do que você fizer é suficiente para imitar a Deus, se ainda não compreendeu o amor perdoador dEle (Efésios 4:32).
Lembre-se que para imitar a Deus é necessário assimilar a declaração dEle de que você e eu, somos “como [Seus] filhos amados” (Efésios 5:1).
Ao compreendermos isso, não somente perceberemos as Suas dádivas num belo pôr do sol, nos muitos outros presentes, mas também no perdão que nos ofertou sem merecermos, pois a graça divina é uma substância perene.