Por Célio Barcellos
Êxodo 1 #rpsp
De acordo com o tirano e poderoso líder chinês Mao Tsé-Tung, o “poder político nasce do fuzil”. A tônica de Mao nesta frase é a de que todo comunista deve assimilar isso como verdade. Para ele, a “base teórica” que norteia o pensamento do Partido Comunista “é o marxismo-leninismo”.
Concomitante a isso, a atitude de Faraó em eliminar o povo de Israel me faz recorrer a um certo anacronismo, pois parece constituir uma espécie de luta de classes e também ao que chamamos de antissemitismo e xenofobia na atualidade (Êxodo 1:8-14).
No pensamento maoista que tem como base a “concepção marxista do mundo”, existe a fomentação desse antagonismo entre as classes.
Para Mao, na luta de classes, “umas classes triunfam e outras são eliminadas”. E ele ainda enfatiza ao dizer o seguinte: “Assim é a história, assim é a história da civilização, desde há milhares de anos”(O Livro Vermelho: citações do comandante Mao. Martin Claret, 2002, p.17-55).

Infelizmente, com a entrada do pecado no mundo, o ser humano foi infectado pela maldade. A escritora Ellen White diz que com a entrada do pecado “a semelhança divina se deslustrou, obliterando-se quase”.
O interessante é que apesar do erro humano, White ainda comenta que a humanidade “não foi deixada sem esperança. Por infinito amor e misericórdia foi concedido o plano da salvação, concedendo-se um tempo de graça”.
Nessa linha de pensamento, White define que Deus tem um grande objetivo: o de restaurar “no homem a imagem de seu Autor, levá-lo de novo à perfeição em que fora criado, promover o desenvolvimento do corpo, espírito e alma para que se pudesse realizar o propósito divino da sua criação – tal deveria ser a obra da redenção. Este é o objetivo da educação, o grande objetivo da vida” (Educação, CPB, 2008, 9 ed., p. 15,16).
Em contrapartida, a maldade perpetrada por Faraó cria uma cultura de escravidão no Egito por 400 anos contra um povo que abençoou a sua terra. O coração do rei estava tão endurecido que ele não conseguiu creditar como positivo o governo de José que enriqueceu e empoderou o seu País.

Por conseguinte, com medo dos israelitas e querendo dominar tudo para si, tratou de regulamentar o aborto, a eugenia, o masculinicídio e a tirania sobre o povo (Êxodo 1:15). Ele não tinha fuzil, mas utilizou o aparato estatal e com o chicote e a lança, executou a sua iniquidade.
Sabe, quando te incitarem para a maldade, para odiar o seu irmão, para subverter a verdade, para tomar o que não te pertence e até mesmo te convencerem que eliminar o desafeto é o melhor a se fazer, vá no fundo dos seus pensamentos e resgate a verdadeira educação.
Deus não te formou para isso. Essa não é a verdadeira religião. A verdadeira religião promove o Cristo e a paz entre os homens.
Enquanto os movimentos políticos e ideológicos tentam neutralizar a verdade objetiva que Deus implantou em você, o Espírito Santo continua a trabalhar em seu coração para te “convencer do pecado, da justiça e do juízo” (João 16:8-18).

Não permita a cosmovisão do pecado neutralizar a cosmovisão cristã da sua vida!
Nessa guerra cultural perpetrada na história humana desde o Éden, Satanás é paciente e ao longo das gerações vem formulando um novo estilo de vida para as pessoas.
Tanto a ação do Faraó quanto a ação de Mao, são simbióticas e possuem origem no pecado.
Diante do exposto, tocar neste assunto é um tanto espinhoso, mas é preciso relembrar sempre que a guerra cultural existe e afeta os nossos filhos, a nossa escola, a nossa igreja e a sociedade como um todo.
Talvez, esteja na hora de colocarmos o engenho para funcionar e voltarmos os pensamentos para coisas elevadas, a fim de não cedermos a teorias destrutivas que o próprio inimigo de Deus formula para que seus influenciadores difundam para a sociedade.

Pense nas coisas lá do alto (Colossenses 3:2-5)!
Voltemos para o estudo das Escrituras e para a verdadeira educação!
Desse modo, reduzir a revelação divina como ensino secundário é pedir para se distanciar da origem da vida e das bênçãos do Eterno.
O grande êxito de José no Egito, foi porque ele nunca inseriu o conhecimento humano acima da revelação do Eterno. O Professor Orlando Ritter em sua célebre frase disse o seguinte: “A revelação é o maior dos conhecimentos”.
Portanto, desprezar a verdadeira educação é aderir ao despotismo de Faraó e também ao que Mao Tsé-Tung chama de “retificação”. E retificação no pensamento comunista “é um movimento geral de educação marxista”. É um alinhamento ideológico para castrar o pensamento.

Procure observar um pouco mais e veja que a “retificação” se tornou algo meio que global.
Assim, não se apaixone por poder ou ideologias. No bojo da história do pecado, desde as civilizações do passado, bem como os poderosos da atualidade, eles se retroalimentam da desgraça alheia.
Dessa forma, quando você ouvir falar de comunismo, socialismo, fascismo, nazismo e até mesmo do capitalismo, lembre-se do que disse Yuval Harari: “Esses credos não gostam de ser chamados de religiões e se referem a si mesmos como ideologias. Mas esse é apenas um exercício semântico” (Sapiens: Uma breve história da humanidade, LM&P. 1 ed. 2015, p.236).
Em resumo, a sanha da linha de pensamento do Faraó, de Mao Tsé-Tung e de qualquer outro que venha assassinar a verdadeira educação legada pelo Céu, tem objetivos religiosos. Eles não querem somente o seu pensamento, eles querem te escravizar e te deixar longe da liberdade que te eleva nesta terra e que te faz sonhar com a eternidade.
Avalie qual religião você está seguindo e lutando pela causa! Que Deus te ilumine!