Por Célio Barcellos
Gn42; Gn43; Gn45; Gn46 #rpsp
A fome dói. Não é somente uma dor no estômago, que provoca sequidão, fraqueza e até mesmo a morte. Mas uma dor emocional que provoca sentimentos de impotência e de vergonha por ferir a dignidade da pessoa humana.
O ser humano que não consegue obter o básico para a sua subsistência e a subsistência da sua prole, é tomado por um sentimento de fracasso e de tristeza.
Há escritores brasileiros que sumarizaram a dura vida do sertanejo que por falta da chuva migrou da terrinha querida em busca da vida. Esses escritores retrataram o duro golpe da miséria provocado pela seca.
Particularmente, dentre a literatura brasileira, gosto de “O Quinze” de Raquel de Queiroz, quando ela relata a triste realidade da seca que afetou o Ceará em 1915;
Também aprecio “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, o qual destaca a saga sofrida de Fabiano e sua família em busca de dias melhores.
E não poderia deixar de fora “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto, quando este descreve a dura realidade da miséria na vida de Severino.
O que se nota na dura realidade do sertanejo, bem como na gigantesca quantidade de pessoas dependentes de auxílios, é a má gestão governamental e o desperdício dos recursos.
Por conseguinte, no que se refere à liderança de José, quem dera se os governantes tivessem a sabedoria e performance dele para planejamento de longo prazo e a capacidade de previsibilidade!
Se tão somente, José do Egito fosse o presidente do Brasil, certamente ele não abriria mão de sua crença em Deus, dos valores familiares e se cercaria de pessoas honestas, competentes e altruístas.
Além disso, ele saberia muito bem explorar os recursos naturais, vender uma imagem positiva do país, focar numa educação de qualidade, onde estaria inserido o ensino de matemática, de educação financeira, de gramática, de língua estrangeira, de lógica, de retórica, além de uma saúde de qualidade para as pessoas.
Em resumo, José não seria um demagogo. Pelo contrário, ele aproveitaria as dimensões continentais do País, a força da agricultura e implantaria celeiros por toda parte, a fim de atender os brasileiros e os cidadãos do planeta.
Desse modo, o Brasil seria como o Egito dos dias de José. Um país forte, poderoso, organizado, previsível e capaz de sustentar o mundo por causa de sua agricultura diversificada, do seu solo rico em minerais, do clima espetacular e da sua gente resiliente.
Um dos grandes problemas das dificuldades de um povo, tem que ver com aqueles que sabotam a sua prosperidade, à semelhança do que os irmãos de José fizeram (Gênesis 37:18-28). A inveja dos irmãos de José quase colocou a perder a própria existência deles como povo.
Por conseguinte, no que se refere à missão de Deus, ela só não alcançou proporções inimagináveis em nossos dias por causa dos que optam pela rebeldia ao invés do discipulado (Neemias 2:19,20).
José era um jovem sonhador! E quem tem sonhos, tem vida. Tem propósitos.
Foi por causa de ser um jovem sonhador que os seus irmãos quase o mataram. Contudo, através dos sonhos que interpretou, José pôde receber posição de destaque para salvar o Egito e a sua família da fome.
A fome dói, meu irmão!
Um dia perguntaram a Madre Tereza de Calcutá qual era o segredo para fazer tanto, com tão pouco. Ela respondeu: “doar-se; doar-se; doar-se até doer”.
Portanto, faça o melhor que estiver ao seu alcance para atender as pessoas e cumprir a missão de Deus. José fez o seu melhor!
A despeito de todo sofrimento que ele passou, Deus honrou a sua fé, a sua honestidade e a sua obediência.
Ah, se ele convivesse com as pessoas do agreste, desse nosso imenso sertão ou das muitas favelas nas cidades, ele buscaria meios para mudar a realidade social dessas pessoas e também as conduziriam ao Deus Eterno, pois no que se refere a questão de fome, José empregaria todos os esforços para que esse mal não existisse, uma vez que o seu maior sonho era ver vidas transformadas.